Quinta-Feira, dia 11 de dezembro de 2008, tinha tudo pra ser um dia especial. O dia que eu iria ser conhecido pela minha querida jogadora de voleibol , Sheilla. Mas algo não parecia que não seria bem assim não.
O dia estava nublado e a manhã iniciou chuvosa. Estava tudo no esquema para atrapalhar meu plano. Eu fiz um cartaz em cartolina para ela e acho iria estragar tudo.
Fui trabalhar ancioso, não via a hora chegar. Durante o dia o panorama foi mudando, a chuva parou, o céu foi clareando. Era sorte.
E a hora chegou, e junto com a hora de ir para o ginásio veio a chuva. Mas nada iria me atrapalhar naquele dia, eu estava preparado para tudo (ou quase).
Cheguei ao ginásio José Liberatti, em Osasco ás 18:30. O time dela, o São Caetano não tinha chegado. Estava só eu por ali, era minha chance de ter a atenção exclusiva dela. Era só abrir o cartaz, esperar ela passar e ler e ver a reação. Mas a chuva; garoa para ser mais preciso não deixou. Se eu abrisse o cartaz, ela poderia não resistir até a hora do time chegar. E cinco minutos depois, eis que chega o São Caetano.
As meninas foram descendo do ônibus, poderia ser ali o momento de abrir o cartaz, mas a chuva apertou e elas foram descendo e entrando correndo para o vestiário. E por mais que eu quizesse falar com a Sheilla, sabia que não poderia ficar lá na chuva com ela. Mas vi ela passar e desejei boa sorte no jogo.
Como cheguei nuito cedo, era o primeiro da fila para entrar no ginásio, mas enfim entrei e fiquei euperando com meu cartaz ela entrar pro jogo.
Enfim o grande momento chegou, o time dela entra pro aquecimento. Primeiro os alongamento deitada na quadra e em seguida a corrida de um lado para o outro. E é nessa hora que o cartaz fica abençoado. Ela vem correndo em minha direção, no aquecimento e de repende para e começa a ler o cartaz. Com muita atenção ela lê e pra minha emoção ela olha para mim e me dá uma piscadinha e um sinal de positivo. Jamais esquecerei disso.
O jogo, o jogo ficou em segundo plano. Infelizmente o São Caetano tem somente uma Sheilla, e por mais que ela estivesse bem, o resto do time não estava. E o Osasco levou fácil.
Agora era só esperar ela sair, no meio do tumulto, para tentar um autógrafo dela, entregar uma cartinha e dar um abraço.
E como eu disse no começo... algo não iria terminar bem.
O jogo acabou 22:30, eu poderia ficar lá até ás 23:30 no máximo por questão dos transportes coletivos que não funcionam 24 horas, como acho que deveria ser. Normalmente elas demoram uns 30 minutos no máximo para sair. A Paula Pqeueno, que sempre é a última a ir embora, demora uns 40 minutos. Mas nesse dia foi diferente.
O Osasco saiu primeiro e a Paula não foi a última. Era 23:10 e todas já tinham saído. Apenas o time inteiro do São Caetano ficou no vestiário. O Chicão ( técnico ) deveria estar uma arara...
Chegou então ás 23:30, os seguranças já tinham fechado quase todo o ginásio e elas estavam lá dentro ainda. E agora, ia embora ou ficava lá? Eu tinha que ir ou corria o risco de ter que dormir na rua ( apesar que pela Sheilla eu faria isso, mas não fiz porque ela não iria gostar de me ver assim). Enfim, com muito contragosto e vontade de ter ficado lá, eu fui embora. No dia seguinte fiquei sabendo que elas saíram ás 23:40 e atendaram a todos com muito carinho e dedicação.
Agora fica para uma próxima vez, mas agora eu vou lá em São Caetano e ficarei até o final. Pode paracer que sou muito louco ou obcecado demais. Mas não tenho palavras pra dizer o quanto ela é importante para mim. Eu conheci ela em uma foto de jornal em 2001. Ela não era famosa, era reserva do Minas e nunca tinha ido pra seleção. Tinha uns 17 anos. Foi paixão a primeira vista. Guardei por muito tempo aquela foto, acho que ainda tenho ela, mas com o tempo e algumas brincadeiras ela ficou zuada. Mas algo me dizia que aquela menina iria me dar muito orgulho. E deu!
Vice campeã mundial, 4 vezes campeã do grand prix de volei, campeão brasileira em 2001, campeã italiana em 2008, eleita a melhor do mundo em 2006 e Medalha de ouro nos Jogos olímpicos de Pequim em 2008. E muito mais virá por aí. Obrigado Sheillinha, por tudo que você fez para mim e pelo volei do Brasil.
Vejam o que estava escrito no cartaz que fiz para ela:
Sheilla,
Uma paixão não nasce do nada, é preciso muito amor, carinho e dedicação.
São esses atributos que transformam uma menina em uma grande jogadora.
E que fazem plantar em nossos corações a paixão pelo esporte e você.
Obrigado por tudo e que Deus continue te iluminando por toda a sua carreira.
E só você pra me fazer torcer contra o Osasco.


14 de dezembro de 2008 às 21:08
Luís, gostei do seu blogg...seu texto é verdadeiro e para combinar com seu nome Luís VENTURA. Foi uma aventura e tanto.....
Se todos tivessem a paixão que você tem pelo o esporte brasileiro não teriamos tantas robalheiras no meio esportivo, teriamos times sendo patriocinados igual aquele que fizemos no trabalho.
Que você continue sendo sempre assim.........
Sempre lerei suas AVENTURAS